Da varanda
o assobio do vento
é o único indício
de outra presença.
O vento rápido, ágil,
faz de mim frágil ser
em minha solidão.
Ele passa e nem percebe
que o observo.
As folhas secas do chão
vieram de longe,
e afirmam a ausência de vida
na região.
Alguns cacos de vidro
estão como meu coração,
jogados a esmo.
A porta range
afastando de mim
minhas únicas lembranças.
Estou só, nessa imensidão.
Serei eu a única presença de vida
ou será que também já morri?
Mariana Bizinotto - 31/03/2009
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