Deixe que as rosas sussurrem ao seu ouvido
o que eu não sei lhe dizer,
talvez até saiba,
mas não consiga,
por me tornar imóvel diante de ti.
Hipnotizado
por tua alegria e ciência de vida.
Seus olhos são labirintos
pelos quais aos poucos
me arrisco adentrar.
Enquanto minhas falas mudas
não chegam aos teus ouvidos.
Abra teu coração,
deixe que ouça minhas cartas
e minhas flores, a sussurrarem
um amor que eu já sinto.
Mariana Bizinotto – 04/05/2009
Espaço em que Mariana Bizinotto publica seus trabalhos poéticos de variados temas e pontos de vista. Eles se aproximam de uma linha existencial e refletem sobre a vida e cada acontecimento banal do cotidiano. Afinal são esses acontecimentos, a princípio triviais, que constroem os seres humanos e determinam suas ações individuais e na sociedade. Visões de mundo, ou mundos...
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Sabedoria
SABEDORIA
SABER DOÍA
Não saber seria fingir
uma vida que não existia.
Era preciso,
foi preciso doer.
Agora o saber no ser,
é conhecimento.
Aprendizado incorporado,
mas saber doeu.
Foi a dor da incrustação.
Mariana Bizinotto – 04/05/2009
SABER DOÍA
Não saber seria fingir
uma vida que não existia.
Era preciso,
foi preciso doer.
Agora o saber no ser,
é conhecimento.
Aprendizado incorporado,
mas saber doeu.
Foi a dor da incrustação.
Mariana Bizinotto – 04/05/2009
Namoro
Entender o outro
Descobrir o outro
Descobrir no outro
um pouco de si.
A parte que faltava.
Mariana Bizinotto – 04/05/2009
Descobrir o outro
Descobrir no outro
um pouco de si.
A parte que faltava.
Mariana Bizinotto – 04/05/2009
Brincadeira de criança
Como uma brincadeira de criança
paixão e confiança
vão sendo construídas.
O alicerce de um grande amor.
A cada olhar,
tímido, sincero,
uma criança que redescobre o mundo
num corpo de adulto.
Um adulto que percebe
que por mais criança ainda tente ser
já perdeu,
melhor, esqueceu,
algo da essência simplista.
Muitas vezes
a felicidade está no mais simples.
Em perceber a grandiosidade
que o simples torna corriqueiro.
Em redescobrir o que já se estava acostumado
a ver ou saber.
Mariana Bizinotto – 04/05/2009
paixão e confiança
vão sendo construídas.
O alicerce de um grande amor.
A cada olhar,
tímido, sincero,
uma criança que redescobre o mundo
num corpo de adulto.
Um adulto que percebe
que por mais criança ainda tente ser
já perdeu,
melhor, esqueceu,
algo da essência simplista.
Muitas vezes
a felicidade está no mais simples.
Em perceber a grandiosidade
que o simples torna corriqueiro.
Em redescobrir o que já se estava acostumado
a ver ou saber.
Mariana Bizinotto – 04/05/2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Ainda se deixa para depois...
Por que as pessoas deixam as conversas para depois?
Depois passará o tempo.
Passarão as sensações.
Assim como poeta que não escreve em tempo
e perde os versos...
Os instantes são breves
e carregados de energia.
A cada lembrança
algo se perde ou se confunde
na trajetória de neurônio a neurônio.
As sinapses,
já sem ápices,
fragmentam, incrementam,
contorcem, distorcem,
deformam e informam,
uma verdade construída.
É como a fotografia abstrata.
Uma realidade manipulada.
Afinal, como é mesmo que o poema começou?
Palavras e pensamentos
são como grãos de poeira no vento
se dissipam e se perdem com facilidade.
Por isso cada instante é preciso e precioso.
Existe com tal intensidade
uma única vez
numa única forma
com uma unidade momentânea
que vai se
F R A
G
M
E N T
A
N
D
O
Mariana Bizinotto – MARÇO-ABRIL/2009
Depois passará o tempo.
Passarão as sensações.
Assim como poeta que não escreve em tempo
e perde os versos...
Os instantes são breves
e carregados de energia.
A cada lembrança
algo se perde ou se confunde
na trajetória de neurônio a neurônio.
As sinapses,
já sem ápices,
fragmentam, incrementam,
contorcem, distorcem,
deformam e informam,
uma verdade construída.
É como a fotografia abstrata.
Uma realidade manipulada.
Afinal, como é mesmo que o poema começou?
Palavras e pensamentos
são como grãos de poeira no vento
se dissipam e se perdem com facilidade.
Por isso cada instante é preciso e precioso.
Existe com tal intensidade
uma única vez
numa única forma
com uma unidade momentânea
que vai se
F R A
G
M
E N T
A
N
D
O
Mariana Bizinotto – MARÇO-ABRIL/2009
Dia laranja
Certa vez
acordei num dia laranja.
Seria um dia forte,
não tão agradável.
Com emoções e incômodos.
Mudei, inclusive, os tons
da tela de um aparelho.
Para personalizar...
E não sei por que estão lá até hoje.
As matizes que antes eram incogitáveis de surgirem,
agora, integram meu cotidiano.
Aquele dia laranja me fortaleceu,
a ponto de o desagradável do laranja
não me afetar mais.
Mariana Bizinotto – 22/04/2009
acordei num dia laranja.
Seria um dia forte,
não tão agradável.
Com emoções e incômodos.
Mudei, inclusive, os tons
da tela de um aparelho.
Para personalizar...
E não sei por que estão lá até hoje.
As matizes que antes eram incogitáveis de surgirem,
agora, integram meu cotidiano.
Aquele dia laranja me fortaleceu,
a ponto de o desagradável do laranja
não me afetar mais.
Mariana Bizinotto – 22/04/2009
Amigos
O passado veio me encontrar
anunciando o aniversário de um ano.
E trazendo consigo
todo um sentimento adormecido.
Uma amizade saudável
que me recompôs,
assim como havia me ajudado a ser,
a me compor como um ser feliz.
Da qual não me desapeguei.
Apenas tive que me desprender
por forças do destino.
Aprender a viver
com outras verdades;
a conviver com a saudade.
E hoje tudo retornou,
uma presença gratificante.
Quis ir embora com eles.
Quem sabe não andássemos
até retornar aos tempos tão alegres?
Mariana Bizinotto – 22/04/2009
anunciando o aniversário de um ano.
E trazendo consigo
todo um sentimento adormecido.
Uma amizade saudável
que me recompôs,
assim como havia me ajudado a ser,
a me compor como um ser feliz.
Da qual não me desapeguei.
Apenas tive que me desprender
por forças do destino.
Aprender a viver
com outras verdades;
a conviver com a saudade.
E hoje tudo retornou,
uma presença gratificante.
Quis ir embora com eles.
Quem sabe não andássemos
até retornar aos tempos tão alegres?
Mariana Bizinotto – 22/04/2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Gavetas
Agora minhas gavetas
vivem do lado de fora.
Às vezes é bom ventilar as memórias...
Deixar que o vento leve os ácaros
e reviver passagens importantes.
Permitir que as mágoas se dissipem
e se libertar também
desses fantasmas que assombram
e aprisionam num passado sem fim,
agora limitado,
pelas expectativas que há de revivê-lo.
Algumas cartas e fotografias
se esconderam.
Temeram o ar puro
da cidade em evolução.
A verdade,
pétrea realidade,
dói,
mas mesmo assim, pulsa no íntimo de cada ser.
Esconder-se numa fuga de si mesmo.
Doce engano da vida que só se mata um pouco mais.
Se prender para não evaporar.
E quando se vê evaporou-se sem nem se prender,
sem nada se guardar,
sem viver.
Mariana Bizinotto - 06/05/2009
vivem do lado de fora.
Às vezes é bom ventilar as memórias...
Deixar que o vento leve os ácaros
e reviver passagens importantes.
Permitir que as mágoas se dissipem
e se libertar também
desses fantasmas que assombram
e aprisionam num passado sem fim,
agora limitado,
pelas expectativas que há de revivê-lo.
Algumas cartas e fotografias
se esconderam.
Temeram o ar puro
da cidade em evolução.
A verdade,
pétrea realidade,
dói,
mas mesmo assim, pulsa no íntimo de cada ser.
Esconder-se numa fuga de si mesmo.
Doce engano da vida que só se mata um pouco mais.
Se prender para não evaporar.
E quando se vê evaporou-se sem nem se prender,
sem nada se guardar,
sem viver.
Mariana Bizinotto - 06/05/2009
Superação
Vergonha e medo
são igualmente difíceis de superar.
Será por isso que quando acontecem
são chamados de super ações?
Mariana Bizinotto – 24/04/2009
são igualmente difíceis de superar.
Será por isso que quando acontecem
são chamados de super ações?
Mariana Bizinotto – 24/04/2009
Revelação
Eu achava que os homens
não tinham sentimento,
mas têm!
A ponto de até surpreenderem
as sensíveis mulheres!
Mariana Bizinotto – 28/04/2009
não tinham sentimento,
mas têm!
A ponto de até surpreenderem
as sensíveis mulheres!
Mariana Bizinotto – 28/04/2009
Medo de perder
Por medo de perder a pessoa amada,
acaba-se agindo
de maneira muito complexa,
o que só contribui para a perda:
a acelera.
Mariana Bizinotto – 28/04/2009
acaba-se agindo
de maneira muito complexa,
o que só contribui para a perda:
a acelera.
Mariana Bizinotto – 28/04/2009
Prédio
Quatro chaminés
no apartamento de cima
tagarelam sobre a vida alheia.
E sabe-se lá
o que mais fazem;
além de sufocar os vizinhos.
Mariana Bizinotto - 21/04/2009
no apartamento de cima
tagarelam sobre a vida alheia.
E sabe-se lá
o que mais fazem;
além de sufocar os vizinhos.
Mariana Bizinotto - 21/04/2009
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