segunda-feira, 22 de junho de 2009

"Não quero me libertar"

E faço destas as minhas palavras.
Não consigo mais me imaginar sem você,
o mundo perderia as cores, os aromas
e nada teria mais o mesmo gosto,
pois é você que alimenta minha alma...
Estou presa a ti
e prentendo assim permanecer
o resto de nossa vida,
pois assim nos tornamos um só,
duas metades que se completam
e fazem-nos existir por um todo.

Mariana Bizinotto - 22/06/2009

O problema da distância

Num distanciamento,
por que sempre parece
que o problema é maior para quem fica
do que para quem parte?
Quem deixa tem um motivo forte
que quem fica nem sempre entende
e muito questiona.
Deixar distanciar e distanciar-se:
problemas diferentes?
Há quem diga que sim;
há quem vivencie que não.
Todas as distâncias são distâncias,
todas deixam vazios
e preenchem dúvidas;
fazem descobrir o óbvio
que o costumeiro velou.
De qualquer forma
distâncias abalam,
às vezes desestruturam,
às vezes reestruturam.
Compreender necessidades
já é uma questão de bom senso.

Mariana Bizinotto – 08/05/2009

Meu príncipe encantado

Um grande amor
promete povoar meu coração.
Minha cabeça já está tomada de sonhos.
Por minha mente passam inúmeros pensamentos
e em todos eles há você.
O que começou como mais um
tornou-se único, especial e querido.
É uma sensação de descoberta.
De descobrir o tudo no nada.
Mas ainda de ter sido descoberta.
Não imaginava que príncipes existiam,
menos ainda que vinham disfarçados.
No início da adolescência
uma professora dizia para que eu não esperasse,
que meu príncipe não bateria à minha porta
em um cavalo branco.
Ela estava certa.
Ele veio num carro branco,
quando eu já não acreditava mais em príncipe.
Demorei para identificá-lo como príncipe.
Estava fechada a decepções
e consequentemente não me abria a oportunidades.
Procurava nos lugares errados
seres menos anormais.
E descoberta no lugar menos esperado,
encontrei meu príncipe encantado.

Mariana Bizinotto – 04/05/2009

Mentiras

MENTIR
MENTE IR
Deixar a imaginação levar
para além dos fatos reais.
Tentar simular uma outra realidade,
um passado que nunca existiu.
Não é uma invenção benéfica.
A vida e os companheiros de viagem
não querem uma ficção.
Saber o que se passa;
entender o agora,
é uma necessidade humana.
Deixar a mente ir;
criar também é bom.
Deixar a simulação substituir
é o grande erro.
Modificar a existência
de um tempo,
de eventos,
e quando se perceber os rumos tomados
será tarde,
irreversível,
o rio já terá inscrito seu curso.
E as águas subseqüentes
estarão destinadas a segui-lo,
até o mar das decepções,
onde descobrirão as farsas.
As promessas de felicidade
terão ficado presas às pedras.
Vãos espaços
no coração que já não bate.

Mariana Bizinotto – 04/05/2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Irreconhecível

Um homem com ‘dor de cotovelo’
é um perigo.
Não há mais quem o entenda
ou preveja suas atitudes.
Nem ele mesmo sabe o que faz
e só o faz sem medir suas ações
que antes eram milimétricas,
cuidadosas, carinhosas.
Agora, agressivas
e sob um impulso,
que fazem desconfiar até às melhores amizades.
Irreconhecível,
o novo homem trava uma luta,
que não sabe ser contra o motivo da dor
ou contra si mesmo.
Recuperar a perda
ou conformar-se com outra ocupação?
Enquanto não descobre a resposta,
ocupa-se apenas em lutar
afinal, é preciso tentar dissipar a dor,
seja como for.

Mariana Bizinotto – 08/05/2009

domingo, 7 de junho de 2009

Lugar de troca

Sacolão, varejão...
O nome tanto faz!
É o lugar em que se troca
construção do homem
por criação de Deus.

Mariana Bizinotto - 07/06/2009

sábado, 6 de junho de 2009

Poema de uma tecla SÓ

SÓ SÓ SÓ
SÓ SÓ SÓ
SÓ SÓ SÓ

SÓ SÓ SÓ
SÓ SÓ SÓ
SÓ SÓ SÓ SÓ

SÓ SÓ SÓ
SÓ SÓ
SÓ SÓ SÓ


SÓ SÓ SÓ SÓ
SÓ SÓ SÓ



Mariana Bizinotto – 12/05/2009