sexta-feira, 31 de outubro de 2008

consciente TV

Vídeo-poema-arte (1'36")

Produzido por Mariana Bizinotto em Julho de 2008

A espera do momento certo

Para que se antecipar?
A surpresa pode ser bem melhor.
O gostinho do mistério.
Um suspense no ar.
E de repente...
Vá prevenido,
Pois tudo pode mudar.
À medida que o dia surge
O inesperado pode acontecer
A qualquer momento
Menos quando se esperar por ele.
No instante em que o esperado se esvaecer
E tudo se transformar em neblina
O inesperado surgirá diante seus olhos
Soprando-lhe felicidade.
Da madrugada também
Não se pode esperar constância.
Ventos se ocultam em sua escuridão.
E os mais variados sentidos
Manifestam-se em convulsão,
Em anarquia.
Nunca se saberá o momento certo,
Apenas que há vários momentos errados.
A neblina pode ocultar a visão
Racional dos pensamentos
E nesse instante, o coração
Deixará a emoção falar mais forte.
O momento acontecerá
E se bem-sucedido
Dar-se-á por certo, perfeito.
Porém a priori, o que existe
É apenas um tumulto de incertezas,
Apreensões e dúvidas.

Mariana Bizinotto – 31/10/2008

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Lugar Algum!

Lugar imperceptível à pressa cotidiana.
Ao olhar rápido, assombrado...
Ao olhar preconceituoso, fúnebre...
Suas escadas de pedra levam
ao magnífico centro interior,
do qual partem paredes de pedra bruta
iluminadas por saberes de todos os tipos.
Lá é possível sentir uma boa brisa, literalmente...,
enquanto lá fora faz quase 40 ºC.
É possível flutuar sem tirar os pés do chão...
É possível ir a qualquer parte do universo
sem erguer se quer a cabeça...
É quase impossível querer sair...
Talvez seja por isso
que a escada desce para entrar
e é subida para sair...
Ao olhar térreo, um sonho...
Ao olhar de um sonhador, seu lar...
Ao olhar intelectual, um templo...
É assim como os sonhos,
que esse lugar se esconde no centro da cidade.
com carros e prédios por todos os lados,
o primeiro portão depois da esquina
guarda um mundo
e pede para que o mundo
guarde sua antiga-atual estrutura
e preserve seus poderes.
Paredes grossas,
status das rochas,
tranquilidade da água,
espaço dos céus,
sonhos de poetas,
milagres ocultos.
Exclusividade de bons observadores,
embora o endereço comum!

Mariana Bizinotto - 30/10/2008

Homenagem aos que passaram por minha vida

Quem fica sente falta de quem vai.
Quem vai encontra outras pessoas,
mas sempre se lembra, com saudade,
de quem ficou.

Mariana Bizinotto - 17/10/2008

Razão de um viver

Quando meus olhos encontram os seus
meu coração bate por um único motivo,
ser feliz,
te ver novamente,
poder falar com você,
estar com você,
rir pelos mesmos motivos que você.
Poder te encorajar a seguir em frente
e ser encorajada simplesmente,
pelo seu jeito de ser,
e por saber que você existe.
Enfim, o único motivo
pelo qual meu coração bate
e me faz viver
é ser feliz.
E não há felicidade maior
do que te amar
e sentir do teu amor.

Mariana Bizinotto - 21/10/2008

Data marcada

Uma comemoração tão almejada!
Infinitos dias se colocavam
entre ela e o presente.
No entanto. É hoje!
E nada mais é como antes.
Primeiro uma data tão especial,
hoje apenas uma data
a não ser pelo tempo presente
pelo fato de cada dia ser um novo dia,
com outros momentos,
outras experiências,
outros desejos de comemoração.

Mariana Bizinotto - 20/10/2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Como o vento... nas n u v e n s...

Eu não devia ler o livro todo
É preciso guardar palavras inéditas
para depois.
Mas não.
O ineditismo está na interpretação.
E amanhã as palavras podem não ter o mesmo sentido.
Ainda haverá lembranças do que hoje se leu.
Mas a frase de amanhã pode trazer uma nova lição.

Mariana Bizinotto - 27/10/2008

Além da compreensão

Talvez tenha entendido
e o inacreditável
consista no fato
de não se querer acreditar.
Talvez a correta seja a primeira interpretação,
mesmo com o caráter precipitado.
Quem sabe, essa precipitação não foi recíproca?
Pensar demais pode estragar uma surpresa,
mas também pode prevenir um desastre.
Só sei que por enquanto vou dormir.
Quero continuar sonhando.

Mas o sonho já não é o mesmo!

Mariana Bizinotto - 27/10/2008

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Por que rosa!?

Certa vez me perguntaram
por que tanto rosa
se em meio as voltas do mundo
também havia rock and roll...

A resposta foi instantânea
tem de tudo, ou terá!
vários estilos de poesia,
vários assuntos,
afinal cada dia é um dia!

E o mundo não pára de girar...
mas o que permanece é a essência, o interior,
e minha alma é rosa!

Mariana Bizinotto - 27/10/2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Palidez

Certo dia de semana
O sol teimou em brilhar menos
De repente apareceram passarinhos
E me contaram um segredo
Não quiz acreditar.
O dia seguiu-se pálido
Mas depois veio a notícia
De que morrestes de amor.

Mariana Bizinotto - 17/10/2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Do valor de um sentimento

Um vínculo muito forte fora criado e como se não bastasse é regado pelas extremidades de cabos de cobre. Materializa-se num plano, através de palavras, mas o mais incrível, renasce a cada olhar, a cada presença, a cada sorriso.

Mariana Bizinotto – 16/10/2008

A um anjo, protetor das palavras

A primeira impressão.
Uma visão.
Pensei ter visto alguém
que por muito tempo,
guardou meu coração.
Apenas ilusão.
Bom ou não, era impossível dizer.
Um pressentimento bom dizia
que uma nova história começava ali.
Apenas não sabia de que gênero.
Romance, suspense?
Não havia pistas.
De repente um encontro casual, inesperado.
Numa outra dimensão.
E uma descoberta.
Não simples.
Apenas a maior descoberta dos tempos.
Vi o encontro de dois mundos acontecer.
E tornarem-se um só através do pensamento.
A história começava a se tornar mais clara.
É um suspense.
Não, parece um romance.
Não, é um mistério.
Melhor, uma aventura!
Espere! É nada e tudo ao mesmo tempo.
E é descoberta a poesia!
Homenagens ocultas
Vagam na interpretação.
Coincidências ou não, existiram.
Encontros e desencontros
Revezam-se, desde então,
Devolvendo a escrita ao coração.
Palavras e inspiração.
E uma força toma-me pela mão,
A me conduzir por caminhos
dados como findos
e agora tidos como razão;
de um existir, de um ser, de um produzir.
Palavras são mágicas.
Momentos são mágicos.
Mas mais mágicas são as palavras
Que fazem reviver os momentos.

Mariana Bizinotto – 16/10/2008

Quando a idéia do amanhã bate à porta

O que fazer com uma certa ansiedade e um medo perseguidores? Assustador é o incerto amanhã. A idéia de um presente, reconforta, porém não impede as dúvidas de surgirem e de pararem o tempo pedindo atenção. Mando uma carta a consciência, a fim de aliviá-la, mas não me ouve, tem vida própria e acaba por controlar-me também.
Mariana Bizinotto – 16/10/2008

Mal do futuro

Saber ser o presente o fundamento, a essência. Ter em mente, um conceito de existência. Não buscar a felicidade, construí-la. Aproveitar cada instante que se vive, arduamente. Respirar?, o essencial. Que ares?, uma escolha. Escolhas!?, a grande dúvida humana. Por onde seguir? Como chegar? Como descobrir o que todos querem saber? Se organizar, prever, fazer o impossível para se descobrir como viver. E de repente se deparar com uma frase “já viveu o que se tinha para viver” ponto final

Mariana Bizinotto – 16/10/2008

De repente uma nova presença no ar

Flores e plantas.
Plantas e flores.
Vegetação.
Verde.
Agitação.
Estático.
Não imóvel.
Há o vento.
Mas só ele é suficiente?
Moradia fixa.
Enraizada.
Sedentarismo?
Vida longa.
Em forma.
Metabolismo diferente?

Como será a vida de um ser vegetal?
Nascer, crescer e viver num só lugar.
Melhor, num só ponto fixo.
Como será?
Como deve se sentir?
Será que as plantas têm emoções?
Trabalham o tempo todo a se sustentar.

Será que elas têm preocupações?
Inseguranças?
Medos?
Indecisões?

Será que são felizes?

Mariana Bizinotto - 16/10/2008

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Um tempo diferente

Quanto tempo.
Tempo perdido?
Talvez acumulado.
Improdutivo.
Recostado.
Saboreando o novo;
Temendo cada instante;
Saindo do ovo,
Descobrindo o alucinante.
Mas o que é isso?
Em que mundo vim parar?
O passeio foi “bom”,
mas vou voltar.
Só depois desse tempo
é que me dei conta
do quão é importante
escutar-me.
É isso.
Foi outra experiência,
mas é hora de retornar,
recontinuar,
criar a felicidade.

Mariana Bizinotto – 12/06/2008