domingo, 22 de março de 2009

Último paradeiro

Quadras e quadras.
Blocos e esquinas,
sem muros.
Árvores, jardins e parques
se interpõem às harmônicas residências.
O agitado centro comercial
cede lugar ao turismo e ao poder.
Enquanto a economia
se faz em linhas retas, isoladas,
entre as tantas quadras.
Num lugar em que também
é disposta em linha,
escola e religião.
Sem muros ou cercas
os carros ao relento
não desaparecem.
As crianças correm entre árvores.
Um lugar aparentemente
perfeito...
Aparentemente.
Aparentemente?

Mariana Bizinotto – 22/03/2009

Nenhum comentário: