sábado, 26 de setembro de 2009

Onde está a verdadeira essência humana?

Quem muda sou sempre eu,
porém os outros não percebem
que se mostraram diferentes primeiro.
Talvez por já serem assim
e só não terem revelado tudo de início,
ou seja, para mim houve mudança.
Também podem lhes parecer o contrário,
os papéis serem invertidos.
Porém não creio pelas minhas análises.
Até determinada altura de minha vida
fui fechada.
E desde que me abri sou sempre mais transparente
e muito mudou.
Por ser tão incolor
posso parecer monótona diante camaleões.
Creio ser esse o problema:
minha abertura provoca algo que ainda
não compreendo bem.
Meu isolamento também é condenado.
E meu meio termo me faz
parecer uma pessoa falsa,
sem amigos e não merecedora de dedicação.
Não se aproximam demais, nem estão sempre longe.
Estão perto na medida em que lhes convém
e quando sou eu quem necessita, têm afazeres demais
para prestar atenção em mais uma pessoa.

Talvez a pergunta adequada seja:
O que é a verdadeira essência humana?

Mariana Bizinotto – 16/09/2009

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