domingo, 18 de outubro de 2009

Dia de chuva lá dentro

A água sobe na sacada, lá fora...
Sem trégua, a chuva e o vento
levam de mim o que mais estimo
no momento,
meus pensamentos.
E sabe-se lá onde estarão eles agora...
O fato é que a água sobe e inunda
o que sobrou da tempestade.
Ouvindo uma banda nova
meus pensamentos viajam
entre o texto que deveria estar lendo
os planos futuros
e um nada que me fez vir aqui.
Não sei ainda bem o que esse nada
queria dizer ou quer de mim,
mas me faz compor palavras em versos
e expressar, inclusive a surpresa
de um sol repentino que se aponta.
Vou ali ver se meus pensamentos
estão muito encharcados.

...

Não os encontrei.
Talvez tenham avistado mente mais calma
para se estabelecer.
Um dia voltam.
Deixa ser!
Mas e esse sol!?
A água já desce de nível
e não ameaça mais invadir meu refúgio.
Quem sabe não fui eu quem fugiu
desses pensamentos?
Se fosse, por que estaria a procurá-los?
Que reflexão mais desconexa é essa
que me faz pensar não pensando?
Não pensando pensar?

...

Batem à porta...

!?

Mariana Bizinotto – 18/10/2009

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