Reflexos da Existência Humana

Espaço em que Mariana Bizinotto publica seus trabalhos poéticos de variados temas e pontos de vista. Eles se aproximam de uma linha existencial e refletem sobre a vida e cada acontecimento banal do cotidiano. Afinal são esses acontecimentos, a princípio triviais, que constroem os seres humanos e determinam suas ações individuais e na sociedade. Visões de mundo, ou mundos...

terça-feira, 4 de novembro de 2008



Postado por Mariana Bizinotto às 19:07
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A troca de experiência ou opiniões é o que enriquece um escritor.
Qualquer pessoa é livre para expressar sua opinião.
Sinta-se a vontade para comentar. Críticas positivas ou negativas, todas são construtivas. O importante é a troca de idéias, opiniões e pensamentos.
Ah, e na maioria dos casos, eu costumo responder os comentários aqui mesmo no blog.
Sinta-se a vontade para adentrar na poesia e para deixar sua marca em forma de comentário.
Abraço,
Mariana

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Mariana Bizinotto
Uberlândia, Minas Gerais, Brazil
Mariana Bizinotto dedica-se ao campo artístico, faz bijuterias e artesanatos, inclusive sob encomenda e escreve poesia. Contato: mariana.mary_anny@yahoo.com.br
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Leitores assíduos

Homenagem a Mário Quintana

ESPERANÇA
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
(Mário Quintana)
Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.

O poema

Um poema como um gole d'água bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata perdida para sempre na floresta noturna.
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa condição de poema.
(...)
Texto extraído do livro:
QUINTANA, Mário. Aprendiz de Feiticeiro. São Paulo: Ed. Globo, 2005, p. 26.

Homenagem a Oscar Wilde

"A finalidade da arte é simplesmente, criar um estudo da alma."

"Experiência é o nome que nós damos aos nossos próprios erros."

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pesssoas apenas existe."


Aforismos de Oscar Wilde publicados pela Conhecimento Prático Literatura. ed. 28. 2010. p.54.

4/3/2010

Leitura: começa como desejo e vira obsessão

Leitura: começa como desejo e vira obsessão

Homenagem a Carlos Drummond de Andrade

do poema: Infância (p.17)

E eu não sabia que a minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.

do poema: Sentimental (p.45)

Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
"Neste país é proibido sonhar."

do poema: Poesia (p.65)

Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.

do poema: O Sobrevivente (p.83)

Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado.

do poema: Explicação (p. 114)

No elevador penso na roça,
na roça penso no elevador.

Trechos de DRUMMOND, Carlos de A. Alguma Poesia. Rio de Janeiro: Editora Record, 2004. 6ª ed.

11/01/2010

pensando...

"Às vezes o que existe de mais real no mundo é o que não podemos ver."
frase extraída da fala de um personagem do filme O Expresso Polar

Homenagem a Clarice Lispector

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não quero uma verdade inventada".

"Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento"

"A palavra é o meu domínio sobre o mundo."

17/06/2009

Compreensão: olhar com os olhos de dentro

Compreensão: olhar com os olhos de dentro
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento. (Clarice Lispector) - 07/06/2009

O que é Arte?

"-Dizei-nos, Mestre, o que é Arte?
- Quereis ouvir a resposta do filósofo ou a da gente rica que decora as suas salas com os meus quadros? Ou quereis mesmo ouvir a resposta do rebanho mugidor que oralmente ou por escrito louva ou critica a minha obra?
-Não, Mestre, qual é a vossa própria resposta?
Um momento depois, Appolonius respondeu:
-Quando eu vejo qualquer coisa, ouço ou sinto o que uma outra pessoa fez ou produziu e quando eu, no rasto que ele deixa posso descobrir um ser humano, a sua razão, a sua vontade, a sua ansiedade, a sua luta - isso é para mim Arte."
I. Gall., "Theories of art", p.125

06/05/2009

In: ERNST, Bruno. O espelho mágico de Maurits Cornelis escher. Köln: Taschen, 2007, p.67.

Para descansar a mente...

Augusto de Campos

Augusto de Campos
Tour, 1994

Homenagem a Affonso Romano de Sant'Anna

"Sim, é verdade que cada dia sei mais do que se compõem a poesia e o nada." (p.15)

"a vida
- é o impoemável poema."
(p.17)

12/05/2009

Extraído do poema "A Grande fal do índio guarani(1978). In: Poemário. I Bienal Internacional de Poesia de Brasília. Org. Biblioteca Nacional de Brasília. Brasília: Thesaurus Editora.2008

Augusto de Campos

Augusto de Campos
Pós-tudo,1984

Homenagem a Lya Luft

CANÇÃO EM CAMPO VASTO

Deixa-me amar-te com ternura, tanto
que nossas solidões se unam,
e cada um falando em sua margem
possa escutar o próprio canto.

Deixa-me amar-te com loucura, ambos
cavalgando mares impossíveis
em frágeis barcos e insuficientes velas,
pois disso se fará a nossa voz.

Ajuda-me a amar-te sem receio:
a solidão é um campo muito vasto
que naõ se deve atravessar a sós.

02/04/2009

In: LUFT, Lya. Secreta Mirada e outros poemas. Ed. Record: Rio de Janeiro. 2005. p. 75.

Homenagem a Gustavo de Castro

"Ser livre
O mais livre do meu escrever é que não preciso concordar comigo."
01/12/2008
Realmente ninguém detem a pura verdade. E cada um dedica-se a propagar seus pensamentos.

"Amor sem palavra
A melhor parte do amor é aquela que cala.
E beija."

"Olhando a rua
O mendigo lúcido.
O vento na nuca.
A parede pichada.
O colhedor de multas.

Estamos em todos.
Falhas formas.

A calota quebrada.
O dia de chuva
num dia de sol.

Estamos em tudo.
Mas não somos nada."

17/04/2009

In: os ossos da luz de Gustavo de Castro

E para os mais pacientes: Nado sincronizado!

Homenagem a Rubem Alves

"É por isso que, às vezes, eu sinto uma terrível tristeza, uma vontade de não partir. (...) Que não me consolem com promessas de imortaliade da alma. Sou um ser deste mundo. Meu corpo precisa dos cheiros, das cores, dos gostos, dos sons, das carícias..."
24/11/2008

Falando de amor,
"Onde é que mora, para que possamos buscá-lo? Sei que mora em algum lugar, mas lá não se pode chegar... Até que pode, mas o jeito ficou desacreditado. E quase ninguém (acho que só os poetas) o procuram lá. Amor mora no país das palavras. Palavras - não são elas 'pontes e arco-íris que se estendem sobre coisas eternamente separadas?' " (p.69)

" 'E quando nos sentimos mais seguros algo inesperado acontece: um pôr-do-sol... Estamos perdidos de novo...' (E. Browning)". (p.75)

04/03/2009

"Quem sabe que o tempo está fugindo descobre, subitamente, a beleza única do momento que nunca mais será..." (contra capa)

08/03/2009

In: Tempus Fugit de Rubens Alves

Instante e eternidade

Instante e eternidade

Homenagem a Zeca de Queiroz

Poesia marginal

EXPANSÕES

O que sinto são expansões
do que existe.
O que sinto são emoções
de um mundo triste.
Repleto de cadáveres
que ainda falam.
Como se tudo estivesse morto
ao mesmo tempoe já não houvesse a esperança
de um novo alvorecer
nessa selva de prédio
sem que me dizem que vivemos bebendo
petróleo
enquanto nos escondemos
em clínicas sem passado
observando os olhosdos homens das cavernas.
Nessa aventura
em desventura
pelos caminhos do entardecer
onde as estrelas
ainda nos mostram o espaço de se
conhecer.

Zeca de Queiroz in R.P.M. Retratos da Poesia marginal - a geração xerox

02/03/09

Julio Plaza

Julio Plaza

Homenagem a Oswald de Andrade

Fotógrafo Ambulante

Fixador de corações
Debaixo de blusas
Álbum de dedicatórias
Marquereau

Tua objetiva pisca-pisca
Namora
Os sorrisos contidos
És a glória

Oferenda de poesias às dúzias
Tripeça dos logradouros públicos
Bicho debaixo da árvore
Canhão silencioso do sol

Em 11/06/2009

In: ANDRADE, Oswld de. Pau-Brasil. São Paulo: Globo, 1998, 6ªed. Obras completas. p. 116.

Apollinaire

Apollinaire
La Mandoline l'oeillet et le Bambou

Homenagem a Paulo Leminski

"Duas folhas na sandália

O outono
também quer andar"

17/04/2009

Leonilson

Leonilson
Édifícil, 1978

Neil Gaiman

"-Os gatos não tem nomes - respondeu.
- Não? - perguntou Coraline.
-Não - respondeu o gato. - Já vocês, pessoas, tem nomes. É por isso que não sabem quem são. Nós sabemos quem smos e por isso não precisamos de nomes."

In: 'Coraline'

4/3/10

Homenagem a Machado de Assis

"O menino é pai do homem".

In: Memórias Póstumas de Brás Cubas. L&PM Pocket. 2008. p. 75.
Título do capítulo XI e também tradução literal de um verso do poema "My heart leaps up when I behold" de William Wordsworth.

02/04/2009

Tema Simples. Imagens de tema por luoman. Tecnologia do Blogger.